sábado, 9 de março de 2013

QUEDA DE CABELO - COMO TRATAR?


Porque os cabelos caem?

Este é um problema que angustia homens e mulheres. Primeiro vamos entender a fisiologia do crescimento capilar. Os folículos pilosos crescem em ciclos que se repetem. Um ciclo é dividido em três fases:
- anágena – fase de crescimento
- catágena – fase de transição ou de repouso
- telógena – fase de queda e reestruturação


Na fase anágena aproximadamente 85% dos cabelos estão crescendo ao mesmo tempo e esta fase dura de dois a seis anos, numa média de crescimento de 10 a 12 cm por ano. Quando o cabelo chega ao final desta fase, ele entra na fase catágena, a qual dura em média de duas a três semanas, com atrofia e degeneração do folículo. Em seguida vem a fase telógena que dura entre cinco e seis semanas, com perda do fio capilar. O cabelo novo não cresce, mas permanece no folículo enquanto há uma reestruturação do bulbo capilar, assim que o processo se completa começa tudo de novo com a fase anágena.
Cada folículo piloso segue este ciclo com total independência dos outros folículos, de modo que a quantidade de cabelos permanece em patamares constantes, num total aproximado de 150.000 a 200.000 fios. Uma perda diária de 50 a 100 fios é absolutamente normal e esperada.

Causas principais

Existem inúmeros fatores que podem causar a queda excessiva dos cabelos ou alopécia: stress, deficiência de nutrientes específicos, alterações hormonais, herança genética, uso de determinados medicamentos, uso de produtos químicos inadequados no couro cabeludo tais como descolorações, tinturas e alisamentos (escovas progressivas e companhia), tração excessiva em penteados como o rabo de cavalo muito puxado, doenças do couro cabeludo, doenças sistêmicas, intoxicação crônica por metais pesados.

Eles

No caso dos homens existem o fator genético e o hormonal que agem em conjunto de modo cruel. A alopécia androgenética não pode ser evitada, porém pode ser controlada por algum tempo desde que se inicie o tratamento aos primeiros sinais de queda.
Pode-se tentar diminuir o ritmo de queda usando substâncias como o minoxidil ou a finasterida, que agem inibindo a enzima 5-alfa-redutase, responsável pela conversão do hormônio masculino testosterona em dihidrotestosterona, o vilão causador da atrofia do folículo piloso, com a conseqüente perda do fio de cabelo. Existem fitoterápicos com esta ação, como o Serenoa Repens, o Pygeum Africanum e a semente de abóbora. O mineral zinco também exerce atividade anti 5-alfa-redutase.
É claro que a alopécia masculina também pode ser devida a deficiências nutricionais e carência de vitaminas e minerais, ou a doenças associadas.

Elas

A mulher, de modo geral, não tem o componente genético determinando a queda dos cabelos, mas isto pode ocorrer. Uma causa mais comum é o stress, que age aumentando os níveis do hormônio cortisol, o qual faz com que haja uma diminuição da irrigação sanguínea para o folículo piloso.
A anemia por deficiência de ferro, ácido fólico ou vitamina B12, também leva a uma queda capilar intensa. Outras possíveis deficiências são de zinco, cálcio, enxofre, vitaminas A e do complexo B, como a biotina e ácido pantotênico, aminoácidos como a cisteína, todos nutrientes com papel importante na saúde do bulbo capilar.

Hormônios

Problemas hormonais também levam à queda dos fios. São dois os mais comuns: a deficiência hormonal na menopausa e o hipotireoidismo. Na menopausa ocorre uma diminuição da produção de estrogênio e progesterona, e isto se expressa tanto na pele, que fica mais seca e mais fina, pois perde espessura, como nos fios de cabelo, que tendem a ficar mais finos e se atrofiar, acelerando a queda. No hipotireoidismo o processo é mais dramático. Devido à deficiência de hormônios produzidos pela tireóide, há uma mudança metabólica que se reflete na saúde capilar e a queda pode ser muito intensa. Em ambos os casos deve-se suplementar os hormônios deficientes com ajuda médica e estrito controle laboratorial.

Procurando a causa

Além de uma investigação cuidadosa para se determinar a causa da alopécia, é importante notar que na maioria dos casos existem componentes multifatoriais, como por exemplo: stress associado a uma alimentação inadequada; ou alteração hormonal associada à deficiência de algum mineral específico; ou dificuldades digestivas que levam a uma absorção deficiente de nutrientes associada ao uso de medicamentos que propiciam a queda.

Ação local
Como terapia complementar, pode-se usar loções capilares à base de ativos específicos para cada caso: vasodilatadores (aumentam a microcirculação local), estimulantes do crescimento capilar, fortalecedores e regeneradores do bulbo capilar, antioxidantes, antisseborreicos, antimicóticos, antiandrogênicos, antissépticos, cicatrizantes, antibióticos, hormônios, etc.

Comida para os cabelos

Uma alimentação balanceada é fundamental para se conseguir um aporte adequado de nutrientes essenciais para a saúde dos cabelos. Por outro lado, uma alimentação inadequada contribui para o enfraquecimento do bulbo. Fios fortes, sedosos e brilhantes dependem de vitaminas e minerais encontrados em diversos alimentos. A dieta deve ser rica em proteínas (carne, peixe, ovos, iogurte), verduras e frutas, sementes oleaginosas (amêndoas, nozes, castanhas), leguminosas (feijões, ervilha, lentilha) e cereais integrais (aveia, linhaça, centeio).
Mais importante que ingerir grandes quantidades de um determinado alimento para obter, por exemplo, zinco, cálcio ou vitamina A, é procurar a sinergia de todas as vitaminas e minerais, ou seja, a dieta deve ser a mais variada possível, fazendo rodízio entre os diversos alimentos, consumindo assim quantidades suficientes de todos os nutrientes. Minerais, como o manganês, selênio e ferro, e vitaminas, como C, K e complexo B, são peças chave no crescimento e vitalidade dos fios. É importante acrescentar alimentos ricos em enxofre, um mineral essencial para a formação de queratina, a proteína que dá estrutura ao cabelo.

Vitaminas e minerais em cápsulas

Quando a queda de cabelo já está instalada, além da mudança de hábitos alimentares, suplementos vitamínicos também devem ser prescritos. Como base para o tratamento deve-se tomar um Complexo B completo. As diversas vitaminas B são fundamentais para a saúde do fio capilar, além de participarem como coenzimas, ou seja, coadjuvantes em várias reações químicas dentro do corpo, de maneira que os minerais essenciais para os cabelos possam ser assimilados e utilizados pelo organismo. Dentre elas destaca-se a biotina, que deve ser tomada em dose extra.
Um mineral importante neste processo é o zinco. A sua deficiência é muito comum: se além da queda de cabelos, as unhas estiverem fracas e com manchas brancas, este é um indício de falta de zinco.
Outro elemento que não pode faltar para frear a queda e tornar os fios mais resistentes é o MSM (metilsulfonilmetano), que nada mais é do que enxofre orgânico. O fio de cabelo é composto por queratina, a qual é formada pelos aminoácidos cisteína e cistina, que tem enxofre em sua estrutura química. A nossa alimentação é pobre em enxofre, por isso a importância de se suplementar este mineral. Após quatro a cinco meses nota-se a diferença na saúde do fio, e como bônus adicional, as unhas ficam mais fortes e a pele mais bonita, com menos oleosidade.
Quando a causa da queda é deficiência protéica, pode-se usar aminoácidos como a cisteína associados à vitamina B6 para ajudar no fortalecimento capilar.

Fonte: BuscaSaúde

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