domingo, 29 de abril de 2012

COMO O RONCO PODE CAUSAR HIPERTENSÃO ARTERIAL ?

Distúrbios do sono são extremamente frequentes, e causa de transtornos, de sofrimento, e também de problemas graves para muitas pessoas. É o que acontece quando uma pessoa ronca, penosa situação que atormenta muitos casais. Mas este sofrimento tem solução! E o primeiro passo para tanto é compreender a gravidade dos problemas associados aos distúrbios respiratórios do sono, dos quais o ronco é a expressão mais conhecida (e constrangedora), mas não a única.

As alterações obstrutivas do ronco e das apneias (paradas respiratórias) levam a breves despertares que atrapalham a qualidade do sono e alteram os teores de oxigênio que chegam às células em todos os tecidos no nosso organismo. Essas interrupções no fluxo de ar podem acontecer com frequência assustadora (algumas centenas de vezes durante uma única noite). A repetição desses eventos desencadeia uma sequência de fenômenos metabólicos que favorecem a instalação de inúmeras doenças. Podemos citar como as principais a hipertensão arterial sistêmica (HAS), o diabetes mellitus e a própria obesidade, que está fortemente associada a estas duas condições clínicas.

O mecanismo básico que leva ao aparecimento destas doenças é um fenômeno chamado estresse oxidativo. A queda de oxigenação desencadeada pelos roncos leva à maior formação dos famosos e deletérios radicais livres, um subproduto tóxico deste oxigênio. Assim, quem ronca e não é tratado passa a ser uma bomba relógio, com maior risco para sofrer de graves doenças cardiovasculares e metabólicas, como aterosclerose, infarto agudo do miocárdio e acidentes vasculares cerebrais. Por isso o tratamento se impõe como tão indispensável.

Segundo o Prof. Dr. Lucas Lemes, diretor da Medsono – terapia do sono, nesta primeira década do século XXI foi confirmada por inúmeros estudos científicos que a principal causa conhecida da HAS é o distúrbio respiratório do sono. Esta informação ainda é pouco difundida, mesmo no meio médico. No passado, em torno de 90% dos pacientes tinha um diagnóstico de HAS com causa inespecífica e “hereditária”, uma tendência familiar mal compreendida. Na atualidade, em grande parcela destes pacientes temos como detectar o problema e estabelecer a terapia mais eficaz de forma individualizada, tendo em mente os riscos iminentes quando nada é feito para a prevenção dos eventos críticos e potencialmente fatais.

A principal forma de controle do ronco são cirurgias e dispositivos que auxiliam a respiração durante o sono, como o CPAP nasal. Existem inúmeros procedimentos para cada alteração anatômica e técnicas de adaptação ao suporte ventilatório no sono por máscaras com pressões terapêuticas individuais. Deste modo, após a terapia do sono há uma melhor qualidade geral de vida, pois o sono adequado é atualmente um dos pilares da boa saúde, assim como a alimentação adequada e uma atividade física regular.

Fonte: BuscaSaude

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