domingo, 18 de março de 2012

LONGEVIDADE

Se a tendência de crescimento da população com mais de 60 anos se mantiver constante, o Brasil deverá alcançar, segundo as previsões do IBGE, um universo de 64 milhões de sexagenários em 2050, ou 24,66% da população. Os números impressionam, pois em 2005, apenas 9% da população tinha mais de 60 anos de idade, ou seja, 16,3 milhões. O aumento da expectativa de vida do brasileiro é um fato comprovado pelos censos anuais. Atualmente, ser um sexagenário e chegar a ser um octogenário não chega a ser uma grande proeza, mas um desdobramento de uma série de conquistas médicas, sociais e tecnológicas.

Há 50 anos, os médicos aconselhavam “as pessoas de mais idade” a fazer repouso. Hoje, entendemos que o envelhecimento ativo conduz ao envelhecimento saudável. O envelhecimento ativo prioriza não só a parte física, mas também as atividades sociais, profissionais e afetivas.

Em 2002, durante a 2ª Assembléia Mundial sobre Envelhecimento, realizada em Madri, a Organização Mundial da Saúde lançou um documento denominado Active Ageing – A Policy Framework, apontando as perspectivas para um envelhecimento saudável. Este documento destaca o conceito do chamado envelhecimento ativo, que leva em conta o conceito de esperança de vida livre de incapacidades. A incapacidade do idoso está relacionada ao seu grau de risco de ser portador de doenças crônicas. Você pode chegar aos 80 anos e ter um risco acumulado baixo de desenvolver alguma doença, enquanto um outro indivíduo da mesma idade pode ter até quatro vezes mais risco de desenvolver essa doença. Os riscos estão relacionados não apenas aos fatores genéticos, mas também ao estilo de vida de cada um.

A incapacidade funcional começa a aparecer por volta dos 60 anos. Por isto é importante evitar e prevenir o aparecimento das doenças crônicas e degenerativas na terceira idade. Para isso, existem intervenções que podem ser feitas tanto pelo paciente, quanto pela família, pelos médicos que assistem o idoso e até mesmo pela sociedade. O aumento da expectativa de vida do brasileiro nos obriga a repensar a velhice e a ponderar sobre nossas escolhas da juventude, pois é grande a influência das nossas decisões individuais na qualidade de vida futura.

Entender como funciona o corpo humano e o processo de envelhecimento é mais eficaz do que buscar a fórmula da juventude, pois nunca na história evolutiva do ser humano houve a expectativa de se viver mais de 60 anos, como há agora. Por isto, devemos planejar como queremos viver esse tempo a mais, lembrando que fundamental é querer viver bem todos os anos que teremos pela frente, não aceitando de forma passiva os acontecimentos, participando ativamente do processo de envelhecimento.

Fonte: BuscaSAúde
 

0 comentários:

Postar um comentário