O homem tem dois tipos de músculos: os estáticos (tônicos e fortemente fibrosos) que permitem a postura ereta e os dinâmicos, muito pouco tônicos e praticamente não fibrosos, que realizam os movimentos de grande amplitude.
Os músculos estáticos nunca descansam, mantêm-nos em pé através de seu tônus e autorizam os movimentos correntes por sua contração. Sempre sobrecarregados evoluem então para o encurtamento, enquanto os dinâmicos tendem ao relaxamento.
Não tendo os dinâmicos quase que nenhum papel de manutenção nem de freio, se há deformação, desvio, falta de amplitude articular, isso será obrigatoriamente devido à rigidez dos estáticos.
Os músculos inspiratórios são estáticos. Em caso de rigidez eles bloqueiam o tórax, freiam a respiração e limitam a ventilação. O encurtamento dos estáticos comprime as articulações.
A força de um músculo é proporcional à sua flexibilidade. Todo músculo rígido é fraco. Velocidade, potência e precisão são indissociáveis da flexibilidade. Estirar os estáticos, para permitir-lhes reencontrar seu comprimento ideal, é então uma necessidade.
Não se deve confundir flexibilidade ligamentar e flexibilidade muscular. Se algumas pessoas apresentam certa lassidão ligamentar, ninguém é de fato flexível em seus músculos da estática.
Se todo mundo é rígido muscularmente, cada um não o é nos mesmos lugares. Tudo depende da morfologia e da atividade física.
Nossos músculos estáticos são organizados em cadeias musculares, cada músculo ou grupo muscular constituindo um elo. Isto indica que um estiramento local será recuperado por um encurtamento em um ponto qualquer da cadeia.
Para alongar um músculo estático é preciso puxar por suas duas extremidades. Só os estiramentos globais, impedindo toda compensação, são realmente eficazes.
Fonte: BuscaSaude
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