domingo, 29 de abril de 2012

DORMIR BEM EMAGRECE?

Qual a relação entre privação de sono e obesidade? Mais de um terço dos americanos adultos são agora obesos. Este dado epidêmico tem piora nos últimos 20 anos. Há um número de fatores que contribuem: Excesso de alimentação hipercalórica, diminuição de atividade física, interação de genes e o meio onde vive e influências culturais. Sobre esse mesmo período de tempo os americanos têm dormido menos e algumas pesquisas mostram que a privação de sono contribui para obesidade.

Nós dormimos um quarto menos que nossos ancestrais dormiam. Com uma média total em 1900 era de 9 horas, reduzindo para 7 horas nos últimos dez anos. Em 2001, pesquisadores encontraram que dormir menos que seis horas por noite e permanecer acordado após a meia noite aumentava a possibilidade de obesidade. Em 2002, um estudo com 1.1milhões de pessoas encontraram o aumento do INDICE DE MASSA CORPORAL (IMC) ocorrendo em pessoas que dormiam menos de 7 horas por noite.Um estudo da Universidade de Virginia em 2005 mostrou que paciente em sobrepeso e obesos dormiam menos que sujeitos que não eram obesos. Outro estudo 2004 mostrou que quando se dorme menos que oito horas por noite aumenta proporcionalmente o IMC proporcional à diminuição do sono.

Desde 1992, 13 estudos de mais de 45 mil crianças tem sustentado que há relação inversa entre horas de sono e risco de obesidade na infância e na idade adulta. Um estudo ainda mais contundente britânico publicado no British Medical Journal relatou que uma duração curta de sono aos trinta meses prediz obesidade ao 7 anos, sugerindo que dormir pouco pode ter um impacto permanente na parte do cérebro chamado de Hipotálamo onde as células hipotalâmicas são responsáveis tanto por apetite quanto por gastos energéticos, provocando assim uma marca de obesidade para toda a vida do indivíduo.

Assunto muito sério, em 1999 Spiegel e colaboradores ao analisarem pacientes com restrição de sono e seu efeito no metabolismo, concluíram, que a simples restrição de sono para quatro horas por noite por uma semana, levava a uma perda da Tolerância à glicose (um marcador para resistência a insulina e diabetes) e outras mudanças em outros hormônios responsáveis por Ganho de Peso e HIPERTENSÄO arterial. Esta alterações se normalizavam quando o tempo de sono voltava ao normal.

E foi o mesmo Spiegel e seu grupo quando analisaram privação de sono e os hormônios relacionados à fome e apetite. Foi observado que a Privação de Sono reduzia o Hormônio LEPTINA, que é um supressor do apetite em até 18%. Mas também aumentava o Hormônio Ghrelina, que aumenta o apetite, em até 28%. E nestes casos houve também aumento do apetite por alimentos cheios de caloria, com alta concentração de carboidratos.

Como a Privação do Sono altera o nosso relógio natural, ou seja, nosso ritmo circadiano, afeta os hormônios metabólicos que regulam o apetite? Esta é uma pergunta que abre as pesquisas nestes últimos cinco anos e a resposta ainda está por vir.

Durma bem, durma uma noite de sono bem dormida, pois isto como diziam os antigos, é mais do um sustento, é mais do que o necessário para que o dia seguinte seja temperado, sem exageros, sem maiores ansiedades que é a porta da compulsão e também com maior serenidade nos alimentamos de maneira correta, devagar e melhor.

Fonte: BuscaSaude

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