Com o advento da vida moderna, as mulheres estão cada vez mais postergando a maternidade. No entanto, sabe-se que a fertilidade feminina começa a diminuir a partir dos 30 anos de idade, tem essa queda acelerada aos 35 anos e, por fim, apresenta um declínio drástico por volta dos 41 anos. De fato, as mulheres nascem com um número finito de ovócitos, cujo declínio se iniciou por volta do quinto mês de vida intra uterina e que se estende até o culminar da menopausa.
Quanto maior a idade da mulher quando ela decide tentar a gravidez, maior também o tempo que levará para conseguir engravidar. A chance de uma mulher não engravidar em um ano de tentativa é de, aproximadamente, 5% quando ela tem em torno de 20 anos e aumenta para 30% ou mais nas pacientes acima de 35 anos.
Dessa forma, hoje é muito comum mulheres nuligestas com idade mais avançada procurarem serviços especializados em técnicas de reprodução assistida (ARTs). Mesmo diante do auxílio das ART, muitas pacientes apresentam resposta diminuída ao estímulo ovariano, o que pode refletir um declínio da função reprodutiva. Uma pobre resposta em uma primeira tentativa de FIV associada a uma reserva ovariana anormal determina um prognóstico reservado aos ciclos subsequentes.
É fato, entretanto, que as mulheres dos dias de hoje pensam de forma muito diferente do que há 20 anos. Cada vez mais, elas desejam se dar o direito de escolher cuidadosamente um bom parceiro assim como investir em sua carreira, tendendo a engravidar muito mais tardiamente. Se não fosse o tempo implacável, isso não traria impacto tão devastador na fertilidade dessa mulher moderna.
Nesse contexto, o congelamento de óvulos se mostra como uma garantia viável ao sono feminino. A antiga técnica de congelamento de óvulos, o congelamento lento, ainda utilizado em algumas clínicas de reprodução humana, apresentava resultados muito pobres em relação à sobrevivência dos oócitos pós descongelamento assim como aos resultados de gestação. A nova técnica de vitrificação, ao contrário, pela não formação de cristais durante o procedimento, garante excelentes resultados de descongelamento.
Não podemos esquecer do papel fundamental dos ginecologistas na orientação das mulheres que não desejam engravidar antes dos 35 anos. Há de se ressaltar a possível dificuldade na obtenção da gestação assim como a alternativa efetiva do congelamento de óvulos.
Também é fundamental que as pacientes portadoras de quaisquer tipos de câncer e que se submeterão a procedimentos deletérios tais como radioterapia ou quimioterapia, sejam orientadas a preservar sua fertilidade.
Planejar é preciso e possível!
Fonte: BuscaSAude
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